O Instituto CNA (ICNA) e a Escola Superior do Agronegócio Internacional (ESAI) iniciaram no sábado (27/01) os testes de campo do sistema de rastreabilidade de produtos agropecuários da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
A assinatura do acordo de cooperação para os testes práticos ocorreu na fazenda Sanga Puitã, onde funciona a ESAI, na região do Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD-DF), a 70 quilômetros de Brasília. Com a iniciativa, a Escola Superior fornecerá os animais e a infraestrutura para validação da ferramenta.
Os testes começam com o rebanho bovino da propriedade. A partir deste sistema, que começou a ser desenvolvido pela CNA em parceria com a Embrapa Gado de Corte há dois anos, a ideia é atender a diferentes requisitos para exportação de produtos como a carne bovina.
Desta forma, o setor privado passará a oferecer aos parceiros comerciais um sistema de rastreabilidade completamente automatizado. A CNA já realiza a gestão da informação dos protocolos de rastreabilidade de raças bovinas, agregando valor aos produtos gerados pela certificação de qualidade realizada pelas associações de raça.
Para o secretário-executivo do Instituto CNA, André Sanches, o acordo vem coroar esse trabalho de melhoria da rastreabilidade e todo o agronegócio vai ganhar com a iniciativa, agregando valor à carne bovina e premiando os pecuaristas que atenderem a todas as exigências de qualidade do produto.
“O mercado consumidor está cada vez mais exigente, tanto internamente quanto externamente, os países que se interessam pela carne brasileira estão cada vez mais atentos ao modo de produção, às condições de rastreabilidade e é isso que temos que garantir por meio desses protocolos”, destacou.
Segundo o presidente da ESAI e proprietário da fazenda onde serão feitos os experimentos, Wilfrido Marques, o acordo de cooperação representa a modernização do sistema de rastreabilidade de um setor no qual o Brasil se destaca, que é o de proteína animal.
“Com credibilidade, teremos uma grife do nosso produto e isso vai alancar e muito a nossa atividade, além de dar grandes resultados ao trabalho da escola e do Instituto”, afirmou.
O evento foi prestigiado por produtores da região, empresários e embaixadores. “A parceria é muito importante para o desenvolvimento das regiões produtivas e vai dar mais qualidade para os produtos de exportação”, elogiou o embaixador do Panamá no Brasil, Edwin Emilio Vergara Cárdenas.
Testes
Os testes começaram no sábado. As primeiras experiências serão com o rebanho bovino da propriedade. A ideia é desenvolver uma ferramenta em que os dados sobre os animais sejam transferidos para esta nova plataforma a partir do brinco de identificação do gado, que serve para rastrear o rebanho. Os dados poderão ser cadastrados pelo computador ou até mesmo de um telefone celular.
A proposta é fazer os testes em 2018 para que o sistema esteja validado e em pleno funcionamento até 2019. “Faremos todos os testes necessários em 2018 para que a ferramenta entre em funcionamento até o ano que vem. Começaremos com os bovinos, mas a ideia é incluir outros rebanhos na plataforma”, explicou o coordenador dos Protocolos de rastreabilidade do ICNA, Paulo Costa.