Após trinta anos de existência, a Cabanha Catanduva, especializada em seleção genética das raças angus e brangus, fechará as portas e liquidará seu plantel. O evento acontecerá neste domingo (6/10) às 14 horas, no Santa Úrsula Remates, na cidade de Glorinha, no Rio Grande do Sul.
A cabanha estima faturamento de R$ 1,2 milhão. Serão liquidados 60 touros e 200 fêmeas angus, brangus e braford da grife Catanduva, que acumula uma coleção de prêmios que ultrapassa 20 Grandes Campeonatos e 60 Campeonatos nas principais exposições do Estado e do País. Além disso, também ofertará potrancas domadas, éguas de cria e cavalos de serviço, todos da raça crioula.
A estimativa é que o animal mais valorizado do evento seja a fêmea Catanduva Begônia 2002, de 5 anos e prenha, cuja renda que será doada para o Instituto da Criança com Diabetes. O valor estimado é R$ 20 mil.
“Encerraremos nesta data um ciclo de vida que ficará em nossa lembrança como um percurso que valeu à pena percorrer, que valeu à pena viver”, afirma o proprietário da Cabanha Catanduva, o advogado Fábio Gomes, uma decisão pessoal dele para se dedicar em tempo integral a advocacia
A Catanduva teve início em 1988, com genética oriunda da Cabanha São Bibiano de Uruguaiana, de Antoninho Bastos, que este ano conquistou o Grande Campeonato de Macho e Fêmea da Expointer. “Desde então, foram 30 anos de dedicação a uma pesquisa ampla e profunda para selecionar o que havia de melhor no mundo do gado angus, que reconhecidamente produz a melhor carne”
O reconhecimento do trabalho iniciou em 1997, com o primeiro prêmio significativo na Expointer, com Catanduva Delegado, Campeão Terneiro Maior e Reservado de Grande Campeão. Assim, seguiu-se o Grande Campeonato de Fêmea da Expointer com Catanduva Reena e o Bi-Grande Campeonato de Catanduva Nostradamus.
“Espero que nossa trajetória sirva de inspiração a outros que sintam o mesmo amor pela criação desse excepcional exemplar bovino que é o angus”, completa Gomes.
Fonte: Revista Globo Rural