Quando a pandemia do COVID-19 chegou ao Brasil, todos os setores sentiram o impacto. Na pecuária não foi diferente e os leilões de gado foram suspensos. Pedro Pinatto, pecuarista da região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, precisou pensar em alternativas para comprar e vender gado.
Ele não foi o único a sofrer com a pandemia, que tem provocado mudança de costumes na sociedade. A economia deve sofrer uma das maiores retrações da história e o comércio está sendo obrigado a se reinventar. Quem só vendia em loja física, está migrando para o e-commerce.
Quando a pandemia do COVID-19 chegou ao Brasil, todos os setores sentiram o impacto. Na pecuária não foi diferente e os leilões de gado foram suspensos. Pedro Pinatto, pecuarista da região de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, precisou pensar em alternativas para comprar e vender gado.
Ele não foi o único a sofrer com a pandemia, que tem provocado mudança de costumes na sociedade. A economia deve sofrer uma das maiores retrações da história e o comércio está sendo obrigado a se reinventar. Quem só vendia em loja física, está migrando para o e-commerce.
É o caso dos negócios de Pedro Pinatto. Ele sempre gostou de estar presente nos leilões de gado para ver de perto a qualidade dos animais que poderia comprar. Mas com as restrições de circulação determinadas pelo poder público e aconselhadas por autoridades de saúde, precisou dar passos largos em direção à tecnologia.
“Fomos atrapalhados pelas restrições, mas, aos poucos, as coisas estão voltando ao normal”, disse. Ele descobriu alguns comércios eletrônicos, que funcionam por meio de aplicativos, que permitem que os pecuaristas entrem com contato com outros pecuaristas e façam negócio.
Cada pecuarista publica um anúncio, divulgando a quantidade de cabeças de gado disponíveis para a venda. Por meio do aplicativo, Pinatto verifica as condições do gado e se gostar de todas as especificações, fecha o negócio e combina com o vendedor o transporte até a fazenda dele.
O transporte geralmente fica por conta de quem está comprando. Mas há casos em que o próprio vendedor entrega o lote com as cabeças de gado, sem custo nenhum para o comprador. Tudo acertado entre as partes interessadas.
A plataforma CompreGados, por exemplo, lembra o funcionamento do APP da OLX. Os pecuaristas se conectam sem intermediários e sem pagar nada pelo anúncio. Pinatto já imaginava que o surgimento desse tipo de plataforma era questão de tempo no setor. E com a pandemia, todo tipo de e-commerce ganhou destaque.
Vantagens da compra de gado via e-commerce
Uma das vantagens de comercializar lotes de rebanhos por e-commerce é permitir que o animal não passe por estresse. “No leilão, existe um desgaste do gado. Só para levar os bois até o local do leilão, temos que colocar em um caminhão, andar quilômetros até o local. Lá, eles ficam horas no curral, passam por estresse, perdem peso… isso faz com que você, muitas vezes, nem consiga vender o gado”.
Para os que não têm confiança em comprar sem ver os animais, o e-commerce resolveu o problema. Depois de tirar todas as dúvidas e alinhar expectativas, é possível, via aplicativo, combinar com o vendedor uma visita até o local onde o gado está. Por isso, a compra e a venda de animais por meio de aplicativos que atuam no segmento C2C (consumer to consumer), têm ganhado força.
De acordo com o APP CompreGados, desde o lançamento da plataforma, pouco antes do início da pandemia, foram registrados mais de R$ 500 milhões em anúncios e mais de R$ 122 milhões em negócios realizados por meio da compra e venda de 61 mil animais.
“Além de proporcionar a compra e venda de um lote de onde você estiver, pelo aplicativo você não tem o custo que gera um leilão, de logística para transportar esses animais e pelo desgaste que esses deslocamentos causam ao animal”, explica Ciro Thiago Neto, idealizador do app.
Fonte: Ecommerce Brasil