20/07/2020

17:32

Suínos: no Centro-Sul, preço do animal vivo subiu 16% em sete dias

De acordo com a de Safras & Mercado, as cotações seguiram em alta em meio ao avanço do escoamento da carne e com o maior fluxo de negócios

O mercado brasileiro de carne suína registrou um forte movimento de alta nas cotações ao longo da última semana. De acordo com o analista de Safras & Mercado Allan Maia, o preço do suíno vivo seguiu em forte recuperação no Centro-Sul do país, em meio ao avanço do escoamento da carne e com o maior fluxo de negócios envolvendo os animais.

O relaxamento da quarentena é um componente importante neste processo e, à medida que ganha força, pode abrir espaço para novos reajustes. Além disso, segundo Maia, há relatos de queda no peso médio do suíno em vários estados, o que significa menor volume de carne no mercado, o que denota continuidade na tendência de alta. “Um dos fatores que também explicam a alta nos preços é o movimento de correção por parte dos produtores nas cotações, diante do custo elevado da nutrição animal, que é impactado pelo preço do milho e do farelo de soja”, explica.

Um ponto importante a se observar nas próximas semana, de acordo com o analista, é como o consumidor médio reagirá na ponta final, com esse aumento nos cortes.

Levantamento de Safras & Mercado apontou que a média de preços do quilo do suíno vivo na região Centro-Sul do Brasil avançou 16,42%, de R$ 4,50 para R$ 5,24 ao longo da semana. A média de preços pagos pelos cortes de pernil no atacado passou de R$ 8,56 para R$ 9,39, aumento de 9,59%. A carcaça registrou um valor médio de R$ 8,70, ante os R$ 7,31 praticados na semana passada, com valorização de 14,97%.

As exportações aceleradas é outra variável positiva no ajuste da disponibilidade, principalmente nos estados do Sul. “Os embarques de carne suína brasileira podem ultrapassar 100 mil toneladas em julho, caso a média diária divulgada na última segunda-feira, 13, pela Secex seja mantida nas próximas semanas”, pontua.

As exportações de carne suína fresca, refrigerada ou congelada do Brasil renderam US$ 86,934 milhões em julho (8 dias úteis), com média diária de US$ 10,866 milhões. A quantidade total exportada pelo país no período chegou
a 41,490 mil toneladas, com média diária de 5,186 mil toneladas. O preço médio ficou em US$ 2.095,30.

Na comparação com julho de 2019, houve avanço de 77,59% no valor médio diário exportado, ganho de 94,00% na quantidade média diária e retração de 8,46% no preço.  Os dados são do Ministério da Indústria, Comércio e Serviços e foram  divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior.

A análise semanal de preços de SAFRAS & Mercado apontou que a arroba suína em São Paulo subiu de R$ 110,00 para R$ 120,00. Na integração do Rio Grande do Sul o quilo vivo passou de R$ 4,15 para R$ 4,20. No interior do estadoa cotação aumentou de R$ 4,70 para R$ 5,40.

Em Santa Catarina o preço do quilo na integração teve alta de R$ 4,20 para R$ 4,25. No interior catarinense, a cotação avançou de R$ 4,60 para R$ 5,90. No Paraná o quilo vivo aumentou de R$ 4,35 para R$ 5,20 no mercado livre, enquanto na integração o quilo vivo elevou-se de R$ 4,20 para R$ 4,40.

No Mato Grosso do Sul a cotação na integração subiu de R$ 4,10 para R$ 4,20, enquanto em Campo Grande o preço avançou de R$ 4,40 para R$ 4,60. Em Goiânia, o preço passou de R$ 5,15 para R$ 6,50. No interior de Minas Gerais o quilo do suíno aumentou de R$ 5,50 para R$ 7. No mercado independente mineiro, o preço passou de R$ 5,40 para R$ 7,00. Em Mato Grosso, o preço do quilo vivo na integração do estado aumentou de R$ 3,80 para R$ 3,90. Já em Rondonópolis a cotação passou de R$ 3,95 para R$ 4,40.

Fonte: Canal Rural

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