O mercado físico de boi gordo teve preços mais altos nesta terça-feira, 2. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o cerne deste movimento está no quadro de restrição de oferta no Centro-Sul, resultando em uma grande dificuldade na composição das escalas de abate para os frigoríficos.
No entanto, a margem operacional dos frigoríficos, deficitária em muitos casos, é um problema recorrente e limita movimentos mais robustos de alta nos preços da arroba do boi, que perdeu força nos últimos dias, inclusive. “A demanda doméstica de carne bovina ainda combalida dificulta o repasse ao longo da cadeia, principal empecilho para a intensificação do movimento de alta. Uma eventual elevação do preço médio das exportações destinadas à China é outro elemento que motivaria alta dos preços domésticos. Mas, no momento, nenhuma das situações parece factível”, pontua Iglesias.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 301. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 290. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 291. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 285. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 298.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. Conforme Iglesias, mesmo a entrada dos salários não deve motivar grande reação dos preços da carne bovina, uma vez que esses permanecem em patamar proibitivo.
“A queda dos preços das proteínas concorrentes acentua o processo de migração; o consumidor médio cada vez mais enxerga como interessante o consumo de carne suína e principalmente de carne de frango”, disse Iglesias.
Com isso, o corte traseiro permaneceu em R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,60 o quilo, enquanto a ponta de agulha seguiu em R$ 15,60.
Fonte: Canal Rural