Uma notícia publicada no site agronews.tv.br, de autoria de Vicente Delgado, com informações de Blasina y Asociados, apontou prejuízo no setor lácteo do Uruguai devido à seca registrada no país.
A seca teve um impacto profundo no setor primário de lácteos do Uruguai, como aponta o relatório elaborado pelo Instituto Nacional do Leite (INALE). Segundo o estudo, as perdas de produção e os maiores custos de suplementação resultaram em prejuízos de US$ 136 milhões para o setor.
O relatório disponibilizado pelo INALE indica que a produção de leite sofreu uma queda de 9,3% em fevereiro no país. “Sem o período seco, esperava-se uma produção de 2,096 bilhões de litros e com o período seco, 2,034 bilhões de litros. Isso significa uma perda de 61 milhões de litros“, diz o relatório. Com base no preço esperado, estima-se que haverá uma perda de faturamento de 23 milhões de dólares em consequência da seca (61 milhões de litros por 0,37 US$/l).
As perdas totais, portanto, seriam da ordem de US$ 136 milhões, com US$ 113 milhões de prejuízos devido a custos mais altos e US$ 23 milhões devido à menor produção.
Essa situação no Uruguai pode representar uma oportunidade para o mercado brasileiro de leite. Com a redução da produção uruguaia, é possível que o Brasil aumente sua participação no mercado internacional de lácteos, oferecendo seus produtos a preços competitivos.
Além disso, é importante destacar que o Brasil é um grande produtor de leite, ocupando a quarta posição no ranking mundial. Com a seca no Uruguai, o mercado interno brasileiro também pode ser beneficiado, já que muitos produtores uruguaios podem optar por importar produtos brasileiros para suprir a demanda.