O governo da Nova Zelândia anunciou a suspensão de suas exportações de gado vivo depois que um navio com 43 tripulantes e cerca de seis mil vacas afundou na costa do Japão. De acordo com o jornal americano The New York Times, a medida levanta questões sobre segurança e ética no transporte de gado pelo mar, diante de manifestações feitas por ativistas pelos direitos dos animais.
Na quarta-feira (2/9) um pedido de ajuda foi transmitido pelo navio, quando estava a cerca de 185 quilômetros a oeste da ilha de Amami Oshima, no sul do Japão. Foi reportada a perda de um motor em consequência do mar agitado pela passagem do tufão Maysak pelo Mar da China, com ventos de até 210 quilômetros por hora.
Um integrante da tripulação foi resgatado no mar e está hospitalizado no Japão. E, de acordo com o The New York Times, foram avistadas carcaças de animais na água, além de um colete salva-vidas.
Ainda conforme o jornal, à medida que as informações sobre o naufrágio foram circulando, o Ministério da Indústrias Primárias da Nova Zelândia sinalizou que poderia suspender as autorizações para embarque de gado vivo até que haja um entendimento melhor sobre o ocorrido. A reportagem informa que a medida não tem prazo para terminar.
O News York Times destaca ainda que a China tem sido o principal consumidor de carne bovina proveniente da Nova Zelândia e também da Austrália. E informa que a decisão do governo neozelandês é a última de uma série de medidas que vêm sendo discutidas ao longo dos últimos anos para regulamentar a prática de transporte de gado vivo pelo mar.
Outro tripulante encontrado
Nesta sexta-feira (4/9) a rede americana CNN noticiou, atribuindo as informações à Guarda Costeira do Japão, que um segundo tripulante do navio foi encontrado no mar. De acordo com a reportagem, as autoridades informam que as operações seguem em andamento. Dos 43 tripulantes, 39 eram das Filipinas, dois da Austrália e dois da Nova Zelândia.