19/07/2017

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A suinocultura brasileira e as tendências mundiais

A suinocultura brasileira deve ser analisada considerando o crescimento da sua produção, sua colocação entre os países produtores e exportadores e também quanto ao que está ocorrendo no mercado consumidor. Obviamente, a carne suína participa das cadeias da proteína animal, concorrendo principalmente com as cadeias da carne de frangos e de bovinos pela preferência dos compradores. A carne suína ainda é a mais produzida e consumida no mundo. Contudo, a carne de frango está apresentando um crescimento mais elevado e existe previsão de que em poucos anos ela supere a carne suína em termos de volume mundial de produção.

A China é a maior produtora mundial, respondendo por quase a metade da produção mundial, seguida pela União Europeia (UE) dos 28 países membros, Estados Unidos (USA), Brasil, na quarta posição, e Rússia no quinto lugar. Estes cinco países apresentaram crescimento da produção no período considerado.

A China detinha em 2012 a metade a produção mundial, tendo caído para perto de 48% em 2016. A União Europeia, Estados Unidos, Brasil e Rússia ampliaram suas shares na produção, compensando a perda de participação da China e dos demais países. O Brasil, apesar do crescimento da sua produção, ainda está entre os países menores neste indicador, mantendo seus 3% de participação na produção mundial.

A redução de 1,5 milhão de toneladas da produção chinesa entre 2012 e 2016 foi a novidade no cenário internacional da suinocultura. A consequência deste fato foi o aumento das suas importações para atender a demanda interna, pois o aumento da população e da renda per capita geraram crescimento do consumo de carnes. A China, além de possuir o status de maior produtor e consumidor mundial de carne suína, passou a ser também o maior importador, respondendo em 2016 por espantosos 2,5 milhões de toneladas ou 29% das importações mundiais. Em 2012, importava 11% do total ou 0,7 milhão de toneladas.

A Rússia, após muitos anos tentando aumentar a produção, está tendo êxito nas suas políticas governamentais, podendo atingir a produção de 2,9 milhões de toneladas em 2017. O crescimento da produção interna tem possibilitado a redução de suas importações, que eram perto de um milhão de toneladas em 2012, representando 16% das compras mundiais, devendo cair para 400 mil toneladas em 2017, reduzindo sua share para 5% em 2017. O Japão e Hong Kong mantiveram praticamente estável suas importações, merecendo destaque o crescimento significativo das compras do México, Coreia do Sul e Estados Unidos.

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