13/06/2017

09:52

ABCS e APCS discutem planos para 2017

Fonte: Revista Pork

A Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS) recebeu nesta segunda-feira, dia 29, o presidente da Associação Brasileira do segmento (ABCS), Marcelo Lopes, e a coordenadora do Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), Lívia Machado, para fazer um balanço de todas as atividades implementadas em 2016 pela entidade nacional e traçar o roteiro de trabalho para 2017. A ABCS acaba de reeleger sua diretoria para um novo mandato de três anos e traz como um dos diretores o criador, empresário e dirigente da APCS, Olinto Arruda. “É sempre bom estar em São Paulo, com nossos companheiros, agora com o Olinto atuando ao nosso lado, neste que é o estado que mais consome carne suína do Brasil”, saudou o presidente da ABCS.

Marcelo reforçou a necessidade de os produtores estarem unidos neste momento problemático do Brasil. “Vejo com preocupação a situação de hoje. Vínhamos numa retomada econômica e agora tudo parou. Temo quando se persegue empresas e não pessoas. Isso atrapalha negócios, o crédito, não favorece em nada a situação de 14 milhões de desempregados. Mas temos boas perspectivas de custos para nossa atividade. Além de ser hora de fortalecer, como o próprio Ministro da Agricultura já analisou, os pequenos e médios empresários do país”, salientou Lopes.

O presidente da ABCS falou sobre as 431 ações realizadas junto a produtores, indústria, marketing e esfera política, com 22 mil capacitados e outros 87,5 mil sensibilizados. “Foi um período muito produtivo. Lançamos o primeiro mapeamento da atividade no Brasil, passamos a Lei de Integração, realizamos os fóruns de Bem-Estar Animal, brigamos por linhas de crédito para retenção de matrizes, batalhamos pela renegociação das dívidas e duplicamos a capacidade da Estação Quarentenária de Cananéia, para incentivar ainda mais a Sanidade da granja brasileira e a exportação de genética brasileira para o continente”, frisou. A agenda política proposta para 2017 envolve ações de sanidade nas diferentes regiões produtoras do Brasil, facilitação nas vendas externas de reprodutores para países da América Latina, acompanhamento de normativas e questões gerais que afetam o segmento, como a reforma da Previdência e do Trabalho, além da erradicação gradual da vacinação contra febre aftosa no rebanho bovino.

A coordenadora do Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), Lívia Machado, destacou as atividades de marketing desenvolvidas no país com ligação direta com o Estado. Quarenta e sete treinamentos para os colaboradores de granjas, frigoríficos e transportadores paulistas. No total, foram 30 redes de varejo impactadas e 777 funcionários treinados; quatro oficinas gastronômicas para consumidores; o ‘Festival Suíno no Ponto’, que conseguiu inserir 15 novos pratos no cardápio de 48 restaurantes da capital paulista, e a Semana Nacional da Carne Suína, com 500 lojas do Grupo Pão de Açúcar (GPA) e vendas que obtiveram um aumento de quase 30% nas vendas.

Neste ano, a reciclagem de colaboradores de unidades de São Paulo vai tratar das boas práticas nas Fábricas de ração, curso interno para frigoríficos específicos de associados da APCS e formação de líderes nas granjas. Foram decididos ainda detalhes como fotos e vídeos promocionais que a ABCS vai repassar às suas regionais, a realização de oficinas para consumidores, cartilhas informativas e uma palestra dentro de uma faculdade de gastronomia a ser definida pela APCS (PUC ou Facamp).

Tratando das ações nacionais, Lívia falou da Semana Nacional de Carne Suína, que vai ampliar o número de parceiros do varejo. “Além do Pão de Açúcar, traremos os grupos Comper, St Marche e Oba Hortifruti. E aguardamos uma reposta do Carrefour”, adiantou. Também já estão certos a visita de 6 mil nutricionistas, um encontro exclusivo com médicos chefes de três hospitais de referência da capital paulista, e outro encontro com educadores físicos em duas academias de atuação nacional. “O trabalho que fazemos cresceu demais de importância com os últimos eventos políticos e econômicos. Temos que ser mais incisivos em informar o consumidor como nossa carne, que é saudável, saborosa, sustentável e barata. Um trabalho que precisa ser feito pela cadeia inteira da Suinocultura, com o apoio decisivo das entidades estaduais dos criadores”, concluiu Lívia Machado.

Ao final do encontro, as duas entidades trataram da renovação da contribuição do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS) e de detalhes do Seminário Nacional que a ABCS promove em Atibaia (SP), no fim de junho, e que vai ser aberto pelo economista-chefe do Rabobank, Maurício Oren, na noite do dia 28. “O Brasil precisa seguir trabalhando e tomando as melhores decisões na Política e na Economia. A ABCS luta ao lado das empresas sérias, que trabalham processando os animais que produzimos”, completou Marcelo Lopes. “São Paulo é um estado diferenciado quando falamos de consumo e marketing de carnes, incluindo a suína. É chave para qualquer projeto tocado pela ABCS. E vamos trabalhar para realizar um grande evento, juntos. Depende muito de nós paulistas. Até porque 2017 é a data que marca nossas atividades comemorativas dos 50 anos da APCS”, finalizou o presidente da APCS, Valdomiro Ferreira Junior.

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