O mercado físico do boi gordo apresentou preços moderadamente mais altos nesta quarta-feira, 3. A restrição de oferta ainda é recorrente e os frigoríficos encontram grande dificuldade na composição de suas escalas de abate, posicionadas entre dois e três dias úteis.
Algumas unidades anunciaram férias coletivas nesta semana, estratégia comum para mitigar os efeitos do encarecimento da matéria-prima. “Importante destacar que a movimentação cambial na semana estimulou os frigoríficos habilitados a exportar para a China a atuar mais agressivamente no mercado, justificando todo esse movimento de preços ao longo da semana”, alerta o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
A demanda ainda é o contraponto do mercado neste momento, com o consumidor médio, impossibilitado de absorver reajustes da carne bovina, simplesmente migrando para proteínas mais acessíveis, caso da carne de frango.
Nesta quarta, o boi gordo foi negociado por R$ 306 a arroba em São Paulo, R$ 295 em Goiás, R$ 303 em Minas Gerais, R$ 289 em Mato Grosso do Sul e R$ 296 em Mato Grosso
Atacado
O mercado atacadista apresenta acomodação em seus preços. Mesmo a entrada dos salários parece insuficiente para alterar essa dinâmica. O anúncio de medidas mais restritivas em São Paulo remete a um escoamento da carne mais lento, avaliando as mudanças relacionadas a bares e restaurantes.
Como contraponto pode ser citado uma eventual extensão do auxílio emergencial, que seria um elemento importante para fomentar o consumo de base. Importante citar que o processo de transferência do consumo para a carne de frango segue em curso, avaliando a descapitalização do brasileiro médio.
O corte traseiro é precificado a R$ 19,30, por quilo. Já o corte dianteiro é cotado a R$ 15,40, por quilo. Ponta de agulha também permanece precificada a R$ 15,40, por quilo.
Fonte: CANAL RURAL