28/07/2020

09:25

As notícias que você precisa saber agora para começar bem a terça-feira

No mercado de boi gordo, ritmo de exportação sobe, oferta restrita mantém preços do milho e cotação da soja que segue pressionada estão entre as informações importantes de hoje

  • Boi: ritmo de exportações cresce e mira recorde de toda a série histórica

  • Milho: oferta restrita mantém preço firme e em patamares altos, apesar de queda do dólar

  • Soja: pouca disponibilidade no Brasil pressiona preços e exportações perdem ritmo

  • USDA: lavouras americanas de soja e milho têm melhora acima do projetado pelo mercado

  • No Exterior: Partido Republicano dos EUA apresenta nova proposta de estímulo fiscal de US$ 1 trilhão no Senado americano

    • No Brasil: contas externas, vagas formais de trabalho e cenário político no radar dos investidores

    Agenda:

    • Deral: desenvolvimento das lavouras do Paraná

    • Caged: criação de vagas formais de trabalho em junho

    • Banco Central: contas externas de junho

     

    Boi: ritmo de exportações cresce e mira recorde de toda a série histórica 

    O ritmo de exportações de carne bovina in natura voltou a crescer na semana passada e a possibilidade de julho ter o maior volume embarcado da história é cada vez mais real. A média diária de toneladas vendidas pelo Brasil teve aumento de 3% e chegou a 7,58 mil toneladas.

    Se este ritmo for mantido nos últimos cinco dias úteis do mês, o total exportado chegaria a 174,32 mil toneladas e seria o maior de toda a série histórica, superando o último recorde de outubro de 2019, com 170,55 mil toneladas. O indicador Cepea/B3 recuou 1,70% para R$ 219,65.

    Neste mês, o indicador tem mostrado alguma volatilidade com recuos pontuais a depender da base coletada pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Mas, a tendência de firmeza do mercado permanece com o contrato para Outubro na B3 encostando nos R$ 223 por arroba.

    Milho: oferta restrita mantém preço firme e em patamares altos, apesar de queda do dólar

    A Agrifatto Consultoria segue registrando cotação do milho no mercado físico paulista em torno de R$ 49 por saca, apesar da queda do dólar, que recuou 0,92%, cotado a R$ 5,158. O indicador do milho Esalq/BM&FBovespa subiu quase 1,0%, cotado a R$ 49,73 e se aproxima novamente dos R$ 50.

    Na B3, o vencimento para setembro teve alta de 1,77% e o ajuste ficou em R$ 48,86, maior preço desde que o contrato começou a ser negociado. As exportações continuam a ganhar ritmo e a média diária embarcada avançou 14% na semana, de 133,15 mil toneladas para 152,00 mil. Apesar disso, na comparação com julho do ano passado, o volume exportado ainda deve ser cerca de 30% menor.

    O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) reportou que 72% das lavouras americanas de milho tinham condições boas ou excelentes, frente a 69% na semana anterior e acima das projeções de mercado coletadas pela Reuters (69%).

    Soja: pouca disponibilidade no Brasil pressiona preços e exportações perdem ritmo

    A Agrifatto registra que com pouca soja disponível para ser negociada, os preços seguem pressionados. A consultoria Safras adiciona que com isso, os preços internos se descolam da paridade de exportação. O indicador da soja Esalq/BM&FBovespa – Paranaguá teve ligeiro recuo de 0,21%, mas segue cotado acima de R$ 117 por saca.

    Seguindo o comportamento sazonal, o embarque de soja começa a mostrar desaceleração e julho deve ter o menor volume exportado desde março, de acordo com a Agrifatto.

    O USDA reportou que 72% das lavouras americanas de soja tinham condições boas ou excelentes, frente a 69% na semana anterior e acima das projeções de mercado coletadas pela Reuters (69%). Hoje, às 7h31 (horário de Brasília) o contrato para novembro em Chicago recuava 1,44% repercutindo os dados do USDA.

    No Exterior: Partido Republicano dos EUA apresenta nova proposta de estímulo fiscal de US$ 1 trilhão no Senado americano

    O Partido Republicano apresentou ontem, dia 27, um novo pacote fiscal de US$ 1 trilhão para estimular a economia americana e mitigar os efeitos econômicos da pandemia do novo coronavírus. O mercado monitora as discussões sobre esse novo pacote e a resistência que o Partido Democrata pode demonstrar, pois prevê um plano maior, de cerca de US$ 3,5 trilhões.

    A Bloomberg informa que os investidores apostam que o avanço do coronavírus pode levar o Presidente do Banco Central americano (FED) a sinalizar amanhã, dia 29, que as taxas de juros permanecerão próximas de zero por mais tempo.

    No Brasil: contas externas, vagas formais de trabalho e cenário político no radar dos investidores

    O Banco Central divulga as contas externas de junho que podem mostrar mostrar superávit de acordo com as projeções de analistas consultados pela Bloomberg. Enquanto que o Caged de junho deve mostrar forte fechamento de vagas formais de trabalho.

    A decisão dos Partidos MDB e DEM de deixar o bloco parlamentar conhecido como “Centrão” também está no radar dos investidores. O movimento antecipa discussões em torno da eleição para a presidência da Câmara.

    De acordo com a análise da consultoria política Arko Advice, do ponto de vista processual, os dois partidos passam a retomar a prerrogativa de poderem apresentar destaques de bancada, que antes se restringia ao bloco. Jornais noticiam que a equipe econômica quer antecipar envio da segunda etapa da Reforma Tributária ao Congresso.

    Fonte: CANAL RURAL

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