No mercado atacadista de carne bovina sem osso os preços ficaram praticamente estáveis na última semana.
A variação ficou negativa em 0,1%, puxada principalmente pelos cortes de dianteiro que caíram 0,5%.
Nem a proximidade com o início do mês, quando, normalmente, os varejistas fazem estoque na expectativa de melhora nas vendas, parece ter dado ânimo às compras.
Na verdade, com os últimos dados divulgados de volume de abates, fica difícil afirmar que a demanda não melhorou. O que se observa é um desequilíbrio entre a oferta e a demanda, que não acompanhou o maior volume de carne bovina disponível no mercado.
Além disso, a carne bovina vem perdendo competitividade frente a carne de frango e suína.
A relação entre o boi casado de animais castrados e a carcaça de frango no atacado está em 3,07. Isso quer dizer que, atualmente, com um quilo de carne bovina é possível comprar 3,07 quilos da proteína de frango, a pior relação da série histórica que se iniciou em abril de 1996.
Já para a carcaça suína, a relação está em 1,90, alta de 35,4% na comparação com o mesmo período do ano passado.
Para o curto prazo, fica a expectativa quanto o comportamento dos frigoríficos aos abates para ajustar os estoques no intuito de limitar as quedas no mercado atacadista.