25/07/2018

10:22

Clima pode prejudicar trigo brasileiro

Fonte: Agrolink

A consultoria INTL FCStone divulgou um relatório indicando que o clima ainda pode apresentar riscos para o trigo brasileiro. A semeadura do grão ainda não foi concluída nos dois principais produtores da cultura no País, Rio Grande do Sul e Paraná, devido  ao excesso de umidade no primeiro e a falta de chuvas no segundo.

“As condições de umidade no Paraná ao longo dos próximos dias serão cruciais para garantir o potencial da safra. Importante salientar que, como no ano anterior houve uma quebra de safra expressiva, a produção deste ciclo poderá dobrar, para 3,4 milhões de toneladas, caso as expectativas se concretizem”, disse o relatório.

De acordo com a consultoria, a média pluviométrica para o Paraná nos próximos 15 dias deverá chegar a apenas 2,8 milímetros, com a temperatura ficando entre os 12ºC e os 23,4ºC. Nesse cenário, a INTL FCStone garante que o período mais propenso para geadas já passou e o estágio de desenvolvimento vegetativo das lavouras poderá ser prolongado.

“A ocorrência de geadas foi limitada, tendo sido registradas quatro ocorrências a partir de meados do mês, sendo que apenas duas delas foram considerados fortes (isto é, com a temperatura em torno de 0° C)”, diz a consultoria.

Para o Rio Grande do Sul, a próxima quinzena será marcada por chuvas diárias em boa parte do estado, com um acúmulo médio entre 4,3 e 10 milímetros por dia. Além disso, a consultoria garante que o risco de geadas é praticamente nulo, com as temperaturas variando entre 9,7 °C e 18 °C, porém, há grande preocupação com a proliferação de fungos e pragas que se beneficiam dos longos períodos de umidade.

“O quadro climático do estado se difere bastante do caso do Paraná, sendo marcado por chuvas abundantes e tendo sido registradas 19 geadas desde o início do mês. No entanto, como boa parte das geadas foram fracas ou moderadas, as temperaturas não baixaram para além de 0° C e não se esperam grandes danos causados pelo frio”, finaliza a INTL FCStone.

Deixe seu comentário

Economia

seu orçamento está vazio