25/11/2020

07:57

Criação de Suínos ao Ar Livre garante maior produtividade e qualidade da carne

Um dos grandes objetivos do Sistema, além de minimizar os danos ao meio ambiente, é reduzir os custos da produção em 80%

O SISCAL (Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre) consiste em um sistema que preconiza a criação de suínos em ambientes abertos em piquetes de forrageiras formadas ou em áreas arborizadas, em cabanas ou abrigos, nas fases de reprodução, gestação, lactação e recria. Criados soltos, os leitões são, depois, vendidos para que sejam terminados em confinamento.

Em 2003, o professor Dr. Evandro José Rigo instalou o sistema na Fazu (Faculdades Associadas de Uberaba), onde são realizadas aulas práticas, pesquisas e projetos.

“No setor de Suinocultura, os alunos têm uma vivência com a criação de suíno que, atualmente, representa um importante papel, entre as atividades pecuárias do Brasil. A suinocultura é uma das atividades que gera emprego e mão de obra, fixa o homem no campo, e é um dos setores que mais gera recursos financeiros, além de fornecer alimentos de alto valor biológico para o consumo da população”, comenta Evandro.

Os animais criados em sistema ao ar livre recebem manejo produtivo, reprodutivo e alimentar semelhantes aos dos animais criados em sistema tradicional confinado. Este sistema devolve ao animal as condições ambientais mais próprias de seu habitat, que refletem positivamente na produtividadeA técnica tem como objetivo proporcionar melhorias nos parâmetros produtivos e reprodutivos de fêmeas suínas e de suas leitegadas, promovendo um baixo custo de implantação, maior viabilidade econômica, melhoria no bem-estar dos animais. A área por animal dependerá das condições climáticas da região, das características físicas do solo (drenagem, capacidade de absorção da água e da matéria orgânica) e do tipo de cobertura do solo (forragem) podendo variar de 600 a 900 m2/matriz instalada.

“Na escolha do local devemos levar em consideração, principalmente a topografia, a qualidade do solo e a pluviometria da região. A topografia (declividade) do terreno não deve ser superior a 15%, uma leve inclinação favorece o escoamento do excesso de água das chuvas”, explica Rigo.

Muitas são as forrageiras que podem ser utilizadas com esta finalidade. Em resumo as forrageiras que mais são indicadas para cobertura de piquetes em SISCAL, sugere-se os capins da família do colonião, capim elefante, braquiárias e preferencialmente as da família das Cynnodons, como Grama Estrela, Tifton 85, Coast cross e outras já adaptadas ou implantadas no local.

Outro ponto importante do Siscal é a alimentação. A ração utilizada no Siscal tem a mesma composição energética e protéica que a do confinamento. As matrizes em gestação recebem, diariamente 2 a 2,5 kg de ração, em duas ou mais refeições. Os machos devem ser mantidos em bom estado corporal, recebendo em média, 2 kg de ração por dia em uma única refeição.

Na lactação as matrizes devem receber ração à vontade. Os leitões lactentes recebem ração pré-inicial em sistema de “creep-feeding”. Na creche é fornecida ração à vontade. Nos primeiros 7 dias após o desmame os leitões recebem ração pré-inicial. Após este período, passam a receber ração inicial até os 70 dias de idade. A ração pode ser fornecida na forma farelada ou peletizada em comedouros automáticos. “Os comedouros devem ser limpos, periodicamente, retirando-se ração mofada, imprópria para o consumo”, completa.

Conheça essas e outras Instruções Técnicas para Implantação do Sistema Intensivo de Suínos Criados ao Ar Livre (SISCAL), em bit.ly/siscalfazu.

Fonte: G1

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