O frango que está sendo abatido nesta segunda-feira (11) nos abatedouros paulistas foi adquirido com novo ajuste de 10 centavos, o que significa ter sido negociado por R$3,20/kg. A alta, sétima do mês em apenas oito dias de transações, foi obtida no sábado (9), ocasião em que o mercado demonstrou a mesma firmeza dos dias anteriores, com ofertas insuficientes para atender a plena demanda.
Enfim, na segunda semana de junho (3 a 9, seis dias de negócios) só na sexta-feira é que a cotação do frango vivo permaneceu inalterada. Mas apenas porque os demandantes do dia – as avícolas – têm hoje um pequeno potencial de compra.
Considerando que no fechamento da primeira semana do mês os negócios foram realizados à razão de R$2,70/kg, a valorização nos últimos sete dias foi de 18,5%. Mas, levando em conta, também, os dois ajustes iniciais do mês, a constatação é a de que o primeiro decêndio de junho foi encerrado com ganho de 28%
Graças ao último ajuste, o primeiro decêndio de junho foi encerrado com a maior cotação dos últimos 653 dias. Ou seja: valor similar não era registrado desde 26 de agosto de 2016, ocasião em que, depois de atingir R$3,25/kg (máximo daquele ano e da história do setor), o frango vivo, já em baixa, foi negociado por R$3,20/kg.
Em outras palavras, no momento, em decorrência de todos os problemas enfrentados com o movimento caminhoneiro, o frango vivo vai retornando às melhores remunerações de todos os tempos. Mas esse retorno – é bom ficar muito claro! – ocorre apenas em valores nominais. Porque, em valores reais (isto é, considerada a inflação acumulada no decorrer do tempo e a desvalorização da moeda), a cotação ora registrada supera, somente, o valor máximo atingido no ano passado. Nestes últimos seis anos, por exemplo, continua aquém dos máximos alcançados entre 2012 e 2016