22/07/2022

09:52

Detalhes que mudam o resultado em suinocultura

A água, quem sabe o mais importante dos nutrientes, muitas vezes não tem recebido cuidados necessários antes e depois de seu uso em suinocultura. Não raras vezes, encontramos produtores que fazem uso de água de superfície (açudes e lagoas) sem sequer usar filtros, sendo ingerida com resíduos tóxicos, metais pesados e enormes cargas de agentes microbianos potenciais causadores de transtornos e enfermidades.

Diz o ditado que o suíno come porque bebe, então, a instalação de um sistema de tratamento mínimo com filtros e cloradores melhora a qualidade da água e a instalação de um sistema correto de bebedouros permite acesso fácil. Indica-se ainda conhecer a acidez (grau de pH) da água, pois quando com alta alcalinidade (acima de pH7) favorece sobremaneira desenvolvimento microbiano e ocorrência de enterites que impactam de modo negativo na produtividade. A acidificação da água com uso de equipamentos dosadores automáticos higieniza e evita proliferação de micro organismos e melhora a digestão e absorção de nutrientes.

Desperdícios de ração, que é responsável por 75% do custo de produção de suínos, podem acarretar uma verdadeira sangria ao bolso do produtor. Na fábrica de rações, descuidos e equipamentos mal dimensionados causam perdas de ingredientes; colocadas em sacaria imprópria, rações prontas se perdem no transporte; comedouros, por onde chega a passar R$ 25 mil de ração por ano, quando malconservados, estragados e mal regulados, são responsáveis por desperdícios entre 2 a 11%, ou seja, entre 5 a 25kg de ração por terminado.

Podemos considerar desperdiçadas também as quantidades de ração administradas a maior do que àquelas recomendadas pela assistência técnica, como no caso de dar apenas 100 gramas a mais por dia a uma fêmea em período de gestação, estaremos gastando 27kg a mais por fêmea por ano.

 

Granulometria da ração

Recomendações técnicas para que rações de suínos tenham partículas de 500 micras e nossas avaliações mostram muitos resultados entre 800 e 900 micras. Diversas pesquisas mostram que cada 100 micra a maior, causa uma piora em 1% na conversão alimentar (CA), então, quando reduzimos 400 micra, chegamos a ter uma redução da CA em 4%, ou seja, quase 10kg a menor por animal terminado.

Uma das melhores e mais econômicas formas de produzir desmamados com bom peso é alimentar as fêmeas com rações de precisão e adequadas às exigências da fase de lactação, e é importante trabalhar em estratégias para melhorar o consumo voluntário de fêmeas suínas de alta produção, especialmente em épocas de calor. Avaliações mostram que, nas épocas frias, o consumo chega a ser mais de 20% superior quando comparado com o verão.

Outro ponto interessante é no que diz respeito ao horário preferencial de consumo voluntário, onde experimentos realizados em instituições de pesquisa concluíram que, quando disponível, independente da estação do ano, a matriz consome três quartos (75%) do volume ingerido, no espaço entre meia-noite e nove horas da manhã, quando, na maior parte desse tempo está com comedouro vazio.

A VitallTech do Brasil®, além de oferecer excelência em qualidade e o que há de mais moderno em tecnologias da nutrição animal, também é parceira no assessoramento de gestão da granja.

 

 

Informativo técnico 03 – S.O.S Suinocultura – www.sossuinos.com.br, acesso em 16/07/22.

Quantos reais passam por um comedouro por ano? – www.academiasuína.com.br, acesso em 15/07/22

Consumo: o segredo para alcançar o máximo desempenho em fêmeas suínas e suas leitegadas. Prof. Dr. Bruno Alexander Nunes Silva, UFMG – Simpósio Mineiro de Suinocultura – SIMIS , julho 2022, Lavras, MG.

Granulometria – qual o valor econômico de 100 micra? – www.academiasuina.com.br, acesso em 15/07/22.

Qualidade da água na produção de suínos – Júlio Cesar Pascale Palhares – Simpósio Produção Animal e Recursos Hídricos julho 2010, Concórdia SC

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