A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Associação Brasileira de Angus fecharam acordo para dar início à Parceria Público-Privada (PPP) visando fomentar o uso da seleção genômica nos rebanhos da raça angus do Brasil. O termo foi assinado pelo presidente da Associação, Nivaldo Dzyekanski, pelo chefe-geral da Embrapa Pecuária Sul, Daniel Montardo, e pelo geneticista e pesquisador da Embrapa Fernando Cardoso.
“É um passo importante na busca de melhoramento contínuo em nossos rebanhos. Teremos muito trabalho pela frente”, afirma Dzyekanski. O acordo também traz incentivo à pesquisa em tempo de recursos escassos. “Esse é o tipo de parceria que estamos buscando. Trabalhar em conjunto com as instituições representativas para resolver os principais gargalos dos produtores com inovações tecnológicas”, observa Montardo.
O trabalho tem duração de 36 meses. É ferramenta para, dentro da raça, selecionar linhagens mais adaptadas ao calor tropical, de pelo mais curto, mais resistentes ao carrapato, mantendo suas tradicionais características produtivas e de superior qualidade de carne, explica o presidente da associação.
Segundo Fernando Cardoso, da Embrapa, entre as metas está a de chegar a um diferencial para o angus do Brasil, com um animal mais adaptado aos trópicos, selecionado para ter pelo curto, menos parasitas e alta produtividade.
Na visão da Embrapa, a genômica é uma ferramenta complementar utilizada para acurar a seleção dos rebanhos. “Desenvolvida a partir da genotipagem de uma população de referência, permite prever características de um determinado animal com base em seus genes antes mesmo que elas se manifestem”, explica o órgão.
Fonte: Revista Globo Rural