Materiais genéticos de raças leiteiras responderam por mais de 60% das exportações, aponta Asbia
Além de grãos e carnes, a desvalorização do real em 2020 também tem contribuído para as vendas internacionais de sêmen bovino do Brasil. De acordo com relatório da Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), foram exportadas 82.382 doses no primeiro
trimestre, um crescimento de 143% ante igual período do ano passado.
Do total de doses exportadas de janeiro a março de 2020, 60,6% foram de raças com aptidão para a produção de leite, com 49.960 doses ante 17.862 doses em igual período do ano passado. Entre as raças indicadas para a pecuária de corte, foram exportadas 32.422 doses de sêmen no primeiro trimestre ante 16.087 doses no ano passado.
No mercado interno, a Asbia registrou a venda de 3.209.778 doses de sêmen nos três primeiros meses do ano, sendo 64,6% de raças com aptidão para corte e 35,4% de raças leiteiras.
O volume representou um crescimento de 21% ante o primeiro trimestre do ano passado, puxado principalmente pelo desempenho no setor de corte. Houve aumento de 33% nas vendas para esse segmento e de 4% para produção de leite.
Produção e importações
Nas importações, a Asbia aponta aumento de 27% no último trimestre, com 2.053.363 doses compradas de outros países. Do total, 1.064.804 doses foram voltadas para a atividade leiteira, crescimento de 26,6% ante igual período do ano passado. Para gado de corte, foram importadas 990.559 doses de sêmen de janeiro a março deste ano, alta de 27%.
No período, a produção brasileira de sêmen bovino somou 2.371.856 doses, sendo 86% de raças com aptidão para produção de carne. O volume representou um crescimento de 20% ante o primeiro trimestre de 2019, com aumento de 21,4% entre as raças de corte e de 11,9%entre as raças leiteiras.
Fonte: Revista Globo Rural