As exportações de carne bovina (in natura e processada) em novembro somaram US$ 1,001 bilhão, o equivalente a 256.073 toneladas (+47%), informa a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) em nota divulgada nesta sexta-feira (8). No mesmo mês de 2022, os embarques totalizaram US$ 872,4 milhões, representando 173.751 toneladas.
De janeiro a novembro, as exportações alcançaram US$ 9,754 bilhões, o equivalente a 2.253.152 toneladas.
Em igual período do ano passado, a receita foi de US$ 12,239 bilhões, com a venda de 2.158.555 toneladas. Ou seja, enquanto o volume embarcado aumentou 4%, o faturamento caiu 20%.
Ainda no acumulado do ano, os preços médios por tonelada em 2023 foram de US$ 4.329, ante US$ 5.670 de 2022. Em novembro deste ano, os preços médios foram de US$ 3.910 por tonelada, contra US$ 5.021 de 2022.
Segundo a Abrafrigo, com base em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a China continua a ser principal importadora de carne bovina do Brasil. No entanto, a compras chinesas recuaram 7,5% no acumulado do ano, em relação ao mesmo período de 2022. Nesses 11 meses de 2023, os preços pagos foram de US$ 4.790 por tonelada, contra US$ 6.510 por tonelada praticados em 2022. Com isso, a queda na receita foi de 26,4% no acumulado do ano.
Em 2022, a China comprou no acumulado de janeiro a novembro 1.149.182 toneladas, com receita de US$ 7,482 bilhões. Em 2023, as importações, no mesmo período, foram de 1.091.532 toneladas, com divisas de US$ 5,230 bilhões. A participação chinesa no total exportado caiu de 53,2% em 2022 para 48,4% neste ano.
Estados Unidos
Os Estados Unidos se consolidaram como o segundo maior cliente do país neste ano. Em 2022, Os EUA importaram 173.089 toneladas, com receita de US$ 903,9 milhões. Em 2023 a movimentação cresceu 68,2%, saltando para 291.060 toneladas.
No entanto, os preços por tonelada para o mercado estadunidense não acompanharam o volume. Em 2022, os preços médios de janeiro a novembro foram de US$ 5.220 e em 2023 caíram para US$ 3.250, com receita de US$ 944,6 milhões. A participação norte-americana no total das exportações brasileiras subiu de 8% em 2022 para 12,9% em 2023.
O Chile também ampliou as importações e ficou em terceiro lugar entre os 20 maiores clientes. Em 2022, as compras chilenas foram de 71.854 toneladas, com receita de US$ 360 milhões. Em 2023, as compras do país foram de 92.334 toneladas (+ 28,5%), com receita de US$ 448,6 milhões.
Na quarta posição está Hong Kong, que comprou 88.535 toneladas em 2022, com receita de US$ 308,9 milhões. Em 2023, as importações do país asiático foram de 106.299 toneladas (+20%), com faturamento de US$ 327 milhões.
Os Emirados Árabes subiram para a quinta posição, elevando suas compras de 56.629 toneladas em 2022, com receita de US$ 257,4 milhões, para 63.938 toneladas (+12,9%), com faturamento de US$ 280,1 milhões.
No total, informa a Abrafrigo, 72 países aumentaram as importações, e outros 99 reduziram as compras.