Com a ajuda da acomodação dos custos de produção em dezembro e a melhora no preço da ave viva, o spread da avicultura melhorou razoavelmente, voltando ao campo positivo. Apesar do alívio recente, 2020 foi marcado por forte pressão nos custos da ração e repasses para a ave viva e carne de frango, segundo análise feita pelo Itaú BBA.
O fluxo de exportações de dezembro foi 0,3% menor em comparação com o mesmo período de 2019, da ordem de 360 mil toneladas, de modo que o total in natura exportado no ano caiu 1%. E mesmo com um aumento de 20% de vendas para a China, as exportações apenas compensaram menores valores para outros destinos relevantes.
Outro elemento que impactou o setor foi a alta de 114% no preço do petróleo em dezembro de 2020, importante fonte de receita de muitos países importadores de carne de frango brasileira. Ao mesmo tempo, o preço da exportação da carne in natura subiu 5,6% e o efeito desta alta, em combinação com menores custos de produção no mês, exerceram efeito positivo no spread da exportação, que havia despencado desde julho de 2020.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) divulgou expectativa de crescimento entre 3,3% e 5,5% na produção brasileira de carne de frango em 2021, e uma expansão de 7% para as exportações.
O cenário positivo é influenciado pelo aumento do consumo interno dado o ambiente de alto desemprego e possíveis preços elevados de outras proteínas. Apesar disso, a sazonalidade sugere preços normalmente mais acomodados para a carne de frango durante o primeiro trimestre de 2021.
O direcionamento do petróleo impactará o mercado externo. A princípio com perspectiva positiva associada à recuperação das economias diante da imunização global contra o coronavírus.
Fonte: Canal Rural