O volume de leite descartado chega a mais de 300 milhões de litros. Mesmo que a greve chegue ao fim nesta semana, o setor prevê um período de um mês para voltar à sua normalidade.
Segundo a Viva Lácteos, além do leite, o desabastecimento de insumos, combustível, embalagens, entre outros, mantém fábricas inteiras paradas. Praticamente todas as unidades fabris das empresas associadas estão fechadas, afirma.
“A Viva Lácteos, representando a indústria do setor de laticínios, preza pelo bom senso de todos os envolvidos nesta questão e espera que as últimas negociações culminem na volta ao trabalho de todos os envolvidos na rede logística nacional. A indústria já não consegue mais minimizar os prejuízos decorrentes desta situação e sofre com sérias limitações para fazer cumprir com o fluxo de abastecimento do produtor ao consumidor”, disse em nota.
A Via Lácteos é composta por fabricantes de produtos lácteos, como Aurora, Aviação, Vigor, Danone, Catupiry, Italac, Itambé, Polenghi, Mondelez e Nestlé, além de associações do setor, como a Associação Brasileira da Indústria de Queijo (Abiq) e a Associação Brasileira da Indústria de Leite Longa Vida (ABLV).
No domingo, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) informou que 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos devem morrer nos próximos cinco dias se não receberem a alimentação adequada, transportada pelos caminhões atualmente paratos.
Ainda de acordo com a associação, 64 milhões de aves já foram sacrificadas em razão dos impactos provocados pela greve. O setor contabiliza R$ 3 bilhões em prejuízo em razão da greve dos caminhoneiros.