Na última quinta-feira (21), o Instituto Mato Grossense da Carne informou que pretende promover a carne brasileira para outros países, mas que é necessário regularizar áreas produtivas. O instituto aponta que os pecuaristas têm capacidade para implementar as medidas impostas pelo o Cadastro Ambiental Rural (CAR), mas que as leis são muito interpretativas.
Segundo o Presidente do IMAC, Caio Penido, o Brasil tem muito potencial produtivo para produzir carne com sustentabilidade. “É difícil falar de regularização de terras quando o produtor rural tem dificuldade em formalizar a sua produção. Nós queremos promover essas mudanças de uma forma inclusiva já que com a habilitação de novas plantas frigoríficas podemos ter associações mais atuantes em divulgar a carne brasileira”, afirma.
O instituto tem buscado ajudar a solucionar esses problemas, aproximando-se de órgãos públicos. Em 2020, firmou termo de cooperação com o Ministério Público Federal de Mato Grosso visando reintegrar pecuaristas embargados devido a problemas ambientais no mercado formal da carne. E tem se mantido parceiro da Sema-MT, que recentemente atualizou sua legislação de tipologia vegetal. “Essa atualização dá mais clareza para o produtor sobre como deve ser a preservação das áreas em sua propriedade”, comenta Penido.
Outra iniciativa do instituto é identificar as áreas de pastagens degradadas e depois fomentar a produção de carne com baixa emissão de carbono. “Inicialmente, nós queremos apresentar estudos científicos com entidades sérias para combater informações de que a pecuária contribuiu para o desmatamento no meio ambiente”, informou o Presidente.
Projeções para o mercado
Segundo o Diretor de Operações do IMAC, Bruno Andrade, as projeções iniciais apontam que o volume de animais abatidos no estado ficará em 4,7 milhões de cabeças até o final de 2021. “Isso é o que nós estamos observando neste momento já que ainda tem muitos produtores retendo fêmeas”, comentou o Diretor.
Com relação às exportações, a expectativa é que o estado aumente a participação nas exportações e tenha a abertura de novas plantas frigoríficas habilitadas a exportar. “Nós esperamos a abertura de novos mercados como o Japão e Coréia do Sul, por tanto esperamos um crescimento na ordem de 6% para o ano de 2021”, disse.
No ano passado, o Mato Grosso foi o segundo maior estado exportador de carne bovina tanto em volume como em faturamento. “O estado registrou um crescimento em faturamento em 15% em 2020 se comparado com o valor negociado em 2019”, ressaltou.
Fonte: Notícias Agrícolas