24/09/2020

10:33

Minerva testa sistema para monitorar fornecedores indiretos de gado

Ferramenta foi criada por organização não-governamental e se baseia nas emissões de guia de transito animal

Para minimizar problemas com fornecedores indiretos de gado – principalmente quanto à questão de ilegalidades ambientais porventura cometidas por esse segmento dos pecuaristas e que são mais difíceis de rastrear -, a Minerva Foods vem implementando medidas que mapeiam a possibilidade de os bovinos que estão sendo abatidos pela empresa terem passado, em alguma etapa da sua vida, por áreas desmatadas ilegalmente, embargadas pelos órgãos ambientais ou que empreguem trabalho análogo à escravidão – práticas proibidas por lei.

O “calcanhar-de-aquiles” para o monitoramento ambiental da cadeia pecuária, sobretudo na Amazônia, está em rastrear a origem do gado dos “fornecedores indiretos”, ou seja, aqueles que venderam o bezerro ou o boi magro para o “fornecedor direto” – que é o pecuarista que vende o gado para abate e já é monitorado pelos grandes frigoríficos. Caso esses animais sejam provenientes, em alguma etapa de sua vida, de áreas irregulares, acabam “contaminando” a imagem da indústria em relação à sustentabilidade ambiental.

Para minimizar problemas com fornecedores indiretos de gado – principalmente quanto à questão de ilegalidades ambientais porventura cometidas por esse segmento dos pecuaristas e que são mais difíceis de rastrear -, a Minerva Foods vem implementando medidas que mapeiam a possibilidade de os bovinos que estão sendo abatidos pela empresa terem passado, em alguma etapa da sua vida, por áreas desmatadas ilegalmente, embargadas pelos órgãos ambientais ou que empreguem trabalho análogo à escravidão – práticas proibidas por lei.

O “calcanhar-de-aquiles” para o monitoramento ambiental da cadeia pecuária, sobretudo na Amazônia, está em rastrear a origem do gado dos “fornecedores indiretos”, ou seja, aqueles que venderam o bezerro ou o boi magro para o “fornecedor direto” – que é o pecuarista que vende o gado para abate e já é monitorado pelos grandes frigoríficos. Caso esses animais sejam provenientes, em alguma etapa de sua vida, de áreas irregulares, acabam “contaminando” a imagem da indústria em relação à sustentabilidade ambiental.

GTA é a sigla para Guia de Trânsito Animal, um documento oficial e obrigatório no transporte de animais no País. Na GTA, deve constar, entre outras informações, a finalidade do transporte, as condições sanitárias, a origem e o destino do animal. O Ministério da Agricultura obriga a emissão do GTA em qualquer movimento de animais – até mesmo os de estimação, como cachorros ou gatos. “Essa é a ferramenta mais promissora para monitorar o risco dos fornecedores indiretos”, afirmou o executivo.

A companhia começou a testar o Visipec em agosto deste ano. “É a primeira vez que isso está sendo testado em indústria exportadora, de capital aberto, é o primeiro teste nessa escala, e a expectativa é muito positiva.” A expectativa, segundo Custódio, é que haja algum resultado formal entre outubro e novembro. “Por enquanto, são resultados muito preliminares”, diz.

O software está sendo testado em Mato Grosso, Pará e Rondônia, e é abastecido com as GTAs emitidas até meados de 2019 – quando os dados sobre GTAs eram abertos. Como a idade média de abate de bovinos nos frigoríficos da Minerva é de 30 meses, os animais abatidos em 2021 ainda estarão dentro da janela de abrangência do programa. Enquanto isso, serão analisadas formas de melhorar, junto com o mercado e entidades de classe, o mapeamento de risco dos fornecedores indiretos – já que as GTAs são sigilosas agora e é nelas que o Visipec se baseia.

 

Fonte: Revista Globo Rural

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