O pecuarista respondeu ao chamado de um ano desafiador e não tirou o pé do acelerador no que diz respeito à adoção de tecnologias. Uma das evidências foi o desempenho do mercado de genética no Brasil, que observou crescimento significativo no primeiro semestre de 2020, conforme divulgou recentemente a Asbia – Associação Brasileira de Inseminação Artificial.
Nesta segunda, 17, em depoimento exclusivo ao Giro do Boi, presidente da Asbia e diretor-geral da ABS Pecplan, Márcio Nery Magalhães Júnior, resumiu os últimos números divulgados no Index Asbia – 1º semestre / 2020.
“Sempre bom trazer boas notícias neste momento. Em nosso último encontro, nós falamos que a expectativa era muito boa para o segundo trimestre, formando o primeiro semestre de 2020. E os números eram esperados, mas não deixam de ser surpreendentes. Nós tivemos 31% de crescimento do mercado de inseminação artificial no Brasil, chegamos a quase nove milhões de doses no primeiro semestre deste ano. Ao cliente final, nosso consumidor final dentro do Brasil, o crescimento foi de 33%, mais de oito milhões de doses”, anunciou Nery.
+ Nada segura a genética bovina no Brasil, confirma Asbia
O presidente da Asbia destacou a evolução específica do segmento corte. “Um crescimento robusto no corte, de 47% nas vendas de genética. O leite cresceu de 4% para 10% – estava crescendo em 4%, passou para 10% no semestre. Os números são realmente fantásticos. Cresce em exportação, cresce venda de botijões, todos os indicadores crescem”, celebrou.
Além do crescimento vertical das vendas de sêmen, Nery comemorou a penetração da genética em cada vez mais municípios do Brasil. “Pelo Index Asbia municipalizado, nós conseguimos perceber que estamos presentes em 70% dos municípios do Brasil”, confirmou o executivo. “Um crescimento expressivo face aos 57% registrados no INDEX Asbia referente ao primeiro trimestre”, divulgou a associação em um comunicado oficial.
A partir do cenário do primeiro semestre, Nery estimou que o país possa encerrar 2020 alcançando a comercialização de quase 25 milhões de doses de sêmen. “Com estes números, a gente consegue antecipar a você que a nossa expectativa é de terminar 2020 acima de 24 milhões de doses de sêmen comercializadas no Brasil”, projetou.
Nery elencou ainda algumas das razões pela qual o produtor ‘despertou’ para a importância do uso da genética avançada em seu rebanho. “Você me permita eu seguir com meu mantra, porque o pecuarista está acordando para o valor da genética baseado naquele tripé: é o custo mais baixo que ele pode ter dentro da propriedade, é um insumo permanente – uma vez colocados os genes de qualidade dentro do rebanho, eles vão atuar em todas as gerações – e o terceiro ponto é que o melhoramento genético atua nas duas pontas, tanto na ponta do aumento da produtividade quanto na ponta da redução de custo, quando você trabalha precocidade, fertilidade, eficiência alimentar, por exemplo”, justificou.
+ Acesse aqui o Index Asbia – 1º semestre 2020 na íntegra
“Melhoramento genético em alta no Brasil, uma resposta ótima para o aumento da sustentabilidade da pecuária de corte e de leite. Para a mesma área utilizada, nós vamos produzir três a quatro vezes mais carne e leite do que produzimos hoje. São notícias que nos enchem de orgulho e nos fazem prever um futuro brilhante para a pecuária de corte e de leite no Brasil”, concluiu Nery.
Fonte: Canal Rural