12/11/2020

11:22

Preço do frango deve ficar de 3% a 4% mais caro para o consumidor, alerta Coopavel

Adequações na produção devido à pandemia de Covid-19 fizeram custo por quilo da ave aumentar R$ 0,50 na cooperativa paranaense

Não é novidade que a cadeia da agropecuária precisou se adaptar a novos protocolos sanitários para seguir a produção de alimentos durante a pandemia de Covid-19. Mas, agora, a conta dessa adequação deve chegar ao bolso do consumidor.

O motivo é a alta no custo de produção. De acordo com o presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, o custo por quilo da ave subiu R$ 0,50 no frigorífico da cooperativa, o que deve refletir em um aumento de 3% a 4% no preço do produto que vai para a gôndola.

A causa desta elevação é a adequação nos processos de trabalho da cooperativa de Cascavel (PR) desde março. Grolli exemplifica que mais ônibus foram colocados para rodar para garantir distanciamento social, assim como a instalação de divisórias nas estações de trabalho, como é o caso do frigorífico, onde trabalham 2.300 pessoas.

Atualmente, são feitos 200 mil abates de aves por dia. Antes da pandemia, no entanto, o número médio era de 270 mil. Essa redução, segundo a Coopavel, é resultado da menor quantidade de funcionários no local, o que também explica a elevação dos custos.

O presidente da Coopavel diz que houve diminuição de oferta também pelo cenário imprevisível, em meio à queda e ao retorno do consumo, estimulado pelo pagamento de auxílio emergencial pelo governo federal.

Apesar disso, Dilvo Grolli afirma que os avicultores não foram afetados. “O produtor não teve impacto econômico. O custo não foi rateado na cadeia, ficou na cooperativa. Tudo mudou em nove meses, mas o produtor ficou amparado pela integração e pela cooperativa”, afirma.

Cascavel está no Oeste do Paraná, região que produziu 350,4 milhões de aves em 2019, de acordo com o Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Paraná (Sindiavipar), com base nos dados do Ministério da Economia.

Ao todo, no Estado, são 380 mil propriedades rurais, 74% de pequeno porte. No primeiro semestre de 2020, foram abatidas 984,7 milhões de animais, alta de 7,1% em relação ao mesmo período do ano passado.

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