Os preços globais de carnes medidos pelo índice da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) subiram 0,6% em fevereiro, para 96,4 pontos, quando comparado com o mês imediatamente anterior, informou a CarneTec Brasil, citando a própria FAO. Esse resultado representa a quinta alta consecutiva.
Apesar dessa alta, o índice ainda está 4% abaixo do valor registrado no mesmo mês do ano passado. “As cotações de carne bovina subiram em fevereiro, impactadas por reduzida oferta em grandes regiões produtoras, queda no processamento na Oceania e demanda maior para recomposição do rebanho”, diz a CarneTec Brasil.
“Em contraste, as cotações de carne suína caíram, afetadas por reduzidas compras pela China em cenário de grande sobreoferta e aumento de suínos não vendidos na Alemanha em meio ao contínuo embargo às exportações para mercados asiáticos”, completou a FAO.
Nesse cenário, redução nas compras pela China também influenciou as cotações globais de carne de frango, apesar das disrupções na oferta relacionadas às tempestades de inverno nos Estados Unidos, segundo a FAO. “O índice de preços de carnes é um dos itens considerados no índice global de preços de alimentos da FAO, divulgado mensalmente. O índice global de alimentos FFPI teve alta de 2,4% em fevereiro, ante janeiro, sendo que o aumento foi influenciado principalmente por maiores preços de açúcar e óleos vegetais”, indica a CarneTec.
Além disso, o Rabobank acredita que os preços de bovinos no Brasil devem continuar em alta no curto prazo diante da baixa oferta, o que já vem pressionando frigoríficos a oferecer maiores valores, disse o Rabobank em relatório recente.
Fonte: Agrolink