Cepea alerta, entretanto, que produtores estão tendo gastos elevados com a compra de insumos, cujo valor também subiu
Em setembro, os valores médios do bezerro, do boi magro, do boi gordo e da carne atingiram novo recorde na série medida pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea-Esalq/USP).
Segundo os pesquisadores, a demanda aquecida, especialmente por parte do mercado externo, e a baixa oferta de animais para abate seguem sustentando as cotações. Quanto à carne, o preço recorde da carcaça casada bovina alivia um pouco os frigoríficos que trabalham apenas com o mercado interno.
“Apesar de o preço médio do boi para abate ser recorde, o contexto atual não favorece quem faz a reposição, tendo em vista que o bezerro e o boi magro seguem igualmente negociados nos maiores patamares reais”, observa o centro.
Insumos mais caros
No caso do pecuarista criador, a situação é semelhante, já que, mesmo com o animal desmamado em valor recorde, os produtores estão tendo gastos elevados com a compra de insumos.
Além dos produtos importados encarecidos pelo dólar alto, os insumos de alimentação – como milho e farelo de soja – estão operando em preços recordes. “Ressalta-se, neste caso, que o clima seco reforça a necessidade do uso de complementação, devido à piora nas condições das pastagens”, observam os pesquisadores.
Fonte: Revista Globo Rural