Leite/Energia – Há 15 anos, na propriedade da família Comunello, em Francisco Beltrão, no Sudoeste do Paraná, o leite é o que move os negócios. São 130 cabeças (80 confinados) em uma área de 42 hectares nos quais são cultivadas plantas para alimentação do rebanho e para reflorestamento.
E desde o início de julho, em uma iniciativa inédita na bovinocultura de leite da região, a fazenda passou a produzir um recurso de alto impacto nos custos de produção: energia. Um biodigestor instalado no local aproveita dejetos dos animais e os transforma em biogás. O resultado é a autossuficiência em eletricidade, destinação correta do que até então era um passivo ambiental e uma lista de planos para o futuro.
Maciel Comunello é quem lidera a propriedade e conta que a ideia de investir em um sistema com biodigestor nasceu em 2015, quando ele era coordenador da Via Tecnológica do Leite (feira bianual sobre lácteos que acontece em Francisco Beltrão). Ao buscar parcerias para o evento, o produtor e outros membros da direção da feira chegaram até a Itaipu Binacional, que possui projetos de incentivo ao uso de biogás a partir de dejetos. “Eles sugeriram na época para montarmos uma caravana até o Oeste do Paraná, onde já haviam alguns projetos de biodigestor para produzir energia com dejetos”, lembra.