De acordo com o relatório divulgado pela Administração de Alimentos e Medicamentos dos EUA (FDA) em dezembro, as vendas de antibióticos aprovados para uso na produção animal caíram 33% entre 2016 e 2017 – o primeiro ano completo desde que a agência norte-americana começou a exigir receita médica, ou Diretiva de Alimentos Veterinários para todos os antibióticos considerados essenciais para a saúde humana.
Porém o relatório mostra que mesmo que as vendas globais de antibióticos tenham diminuído, as vendas de antibióticos injetáveis, orais e tópicos aumentaram em 2017. As vendas de antibióticos injetáveis aumentaram 3%, enquanto as vendas de medicamentos orais e tópicos aumentaram 5%. Mas o aumento foi compensado por declínios acentuados nas vendas de antibióticos destinados a uso em aplicações de água, que diminuíram 14%, e particularmente pela diminuição da venda de antibióticos para ração animal, que caiu 43% em um único ano.
No fim de 2013, a agência começou a pressionar a indústria de carnes do país a reduzir o uso de antibióticos, para evitar o desenvolvimento de bactérias resistentes a esses medicamentos. Redes de fast food como McDonald’s e Wendy’s também começaram a incentivar companhias de carne a reduzir o uso de antibióticos.
A FDA estima que pelo menos 2 milhões de pessoas nos EUA fiquem doentes todos os anos por causa de bactérias resistentes, e que 23 mil morram em decorrência dessas doenças.