Presidente americano invocou a Lei de Produção de Defesa, da época da Guerra da Coreia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou na terça-feira (28/4), um decreto que exige que as instalações de processamento de carne do país permaneçam abertas durante a pandemia de novo coronavírus. Grandes empresas de carne do país tinham paralisado as operações em algumas unidades por causa do aumento do número de funcionários infectados pela doença. O presidente invocou a Lei de Produção de Defesa, uma lei da época da Guerra da Coreia, para manter as instalações abertas, classificando-as como infraestrutura crítica.
A medida foi tomada após preocupações do setor a respeito de uma possível escassez de alimentos e deve aliviar a pressão sobre os produtores, que vinham enfrentando dificuldades com a oferta dos produtos. A pandemia afetou em cheio a cadeia de fornecimento de alimentos do país nas últimas semanas, reduzindo os preços e a demanda por produtos agrícolas, à medida em que os estabelecimentos do segmento de food service permanecem fechados.
Muitas fábricas de processamento de carne acabaram interrompendo as operações ou reduzindo a produção de carne bovina, suína e de frango, o que aumentou o risco de falta de suprimento nos EUA. A suspensão das atividades nas plantas de processamento “ameaçam o funcionamento contínuo da cadeia nacional de suprimentos de carne e aves, minando a infraestrutura crítica durante a emergência nacional”, de acordo com a ordem de Trump.
“Dado o alto volume de carne e aves processadas por muitas instalações, qualquer fechamento desnecessário pode rapidamente ter um grande efeito na cadeia de suprimento de alimentos”, disse no documento.
Em comunicado emitido pelo Departamento de Agricultura do país (USDA, na sigla em inglês), o secretário de Agricultura, Sonny Perdue, agradece ao presidente pela decisão e afirma que “manter a saúde e a segurança desses funcionários heroicos para garantir que essas instalações críticas possam continuar operando é fundamental”. De acordo com Perdue, o USDA vai interceder junto às autoridades estaduais e locais para que as unidades de processamento obedeçam diretrizes de segurança sanitária e garantam o abastecimento de proteína para os americanos.
Fonte: Revista Globo Rural