13/07/2021

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Você tem dificuldades para dimensionar a necessidade de cocho para suplementações a pasto?

As suplementações de animais em pastejo já são uma realidade. A possibilidade de corrigir carências nutricionais do pasto, bem como fornecer aditivos nutricionais que melhoram a saúde e desempenho das diferentes categorias dos rebanhos de gado de corte, fez com que a adoção desta tecnologia crescesse de forma exponencial nos últimos anos, com crescimento de 6% em volume no exercício 2019/2020 e projeção de crescimento de 4,5% em 2021, segundo o Sindirações.

Um dos pontos chave para o sucesso na suplementação é o correto dimensionamento da área de cocho disponível para os animais de acordo com o tipo de suplemento fornecido. A disponibilidade de cocho interfere diretamente no consumo do suplemento e também no bem-estar dos animais.

Uma área de cocho insuficiente incentiva as relações de hierarquia entre os animais. Ao estabelecer a dominância, os confrontos podem ocasionar lesões. Além disso, gera estresse ao lote e um consumo desuniforme do suplemento. Esses fatores podem desencadear distúrbios digestivos e queda nos resultados zootécnicos. Por outro lado, o excesso de cocho tem grande impacto no custo da técnica.

Esse assunto é muito mais estudado em confinamentos e semiconfinamentos de acesso simultâneo ao cocho, ou seja, sistemas onde todos os animais acessam o cocho ao mesmo tempo. Nos casos de suplementos de consumo controlado (aqueles geralmente utilizados em sistemas de pastejo) como por exemplo, suplementos minerais com ou sem aditivos, proteinados, energéticos ou proteico-energéticos, não existem muitos dados científicos disponíveis. O que temos são observações práticas que precisam ser monitoradas, pois existem outras variáveis que podem interferir no comportamento ingestivo dos animais e na necessidade de área linear de cocho para os diferentes suplementos. Dentre essas variáveis podemos citar docilidade, frame e categoria animal, experiência prévia dos animais com a suplementação, localização do cocho, palatabilidade e formulação do suplemento, disponibilidade e qualidade do pasto.

Porém, como recomendações gerais, podemos seguir a tabela abaixo:

TIPO DE SUPLEMENTO NECESSIDADE LINEAR DE COCHO POR CABEÇA
Suplemento mineral 3 a 5 cm
Proteinado baixo consumo (1 a 2 g/kgPV) 6 a 12 cm
Energéticos baixo consumo (1 a 2 g/kgPV) 6 a 12 cm
Proteico/energéticos (3 a 5g/kgPV) 25 a 40 cm

 

É importante pontuar que, geralmente, os cochos utilizados para estes suplementos têm acesso por dois lados, logo, o comprimento do cocho deve ser considerado em dobro no cálculo. Também é fundamental anotar as datas e quantidades fornecidas para avaliar corretamente o consumo de cada lote suplementado. Por fim, recomendamos a observação dos animais durante uns 20 minutos após abastecimento do cocho para “ler” possíveis sinais que indiquem a necessidade de adequar a disponibilidade de cocho.

Ficou em dúvida se seu manejo está correto ou se o consumo do suplemento está de acordo com o planejado, consulte-nos. Afinal, evoluir ao seu lado é o nosso propósito!

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